Olá, queridos estudantes.
Como prometido, coloco abaixo o gabarito e os comentários sobre crase. Confiram:
Um forte abraço e até o próximo comentário.
Professor Rogério Brambila.
Como prometido, coloco abaixo o gabarito e os comentários sobre crase. Confiram:
QUESTÃO 1:
RESPOSTA:
LETRA B.
Vamos analisar
a resposta.
A - Refiro-me às atitudes de
adultos. Primeiramente, é preciso que o estudante saiba que “às” é a
fusão da preposição “a” com o artigo feminino plural “as” que,
com a contração, gera o acento grave. O verbo “referir” exige a
preposição “a”; o substantivo feminino “atitudes” possui o artigo
feminino plural “as”. Para que se confirme o que foi dito, basta que
mudemos o substantivo feminino plural por um substantivo masculino plural ( por
exemplo, procedimentos). Se houver o artigo masculino plural, haverá também o artigo
feminino plural na frase original. Vejamos:
Refiro-me aos
procedimentos de adultos... Observe que aparece o artigo masculino plural, o
que comprova a existência do artigo feminino plural na frase original. (
Refiro-me a + as atitudes de adultos =
Refiro-me às atitudes de adultos).
B - Levam as moças à rebeldia
insensata... Para confirmar que há crase na frase, basta que você troque o
substantivo feminino “rebeldia” por um masculino ( por exemplo, delírio). Se
surgir um artigo masculino na frase é porque também haverá um artigo feminino
na frase original, forçando o uso do acento grave. Vejamos:
Levam as moças
ao delírio extremo... Observe que aparece o artigo definido masculino “o”
junto da preposição “a”. Assim, o mesmo acontecerá na frase original:
Levam as moças
a ( o verbo levar exige a preposição a) + a ( artigo
feminino) rebeldia insensata... Logo, a + a = à.
C - ... e a
uma fuga também insensata. Como eu comento no vídeo sobre crase, não há crase
seguida de uma palavra de sentido indefinido ( um artigo indefinido ou pronome
indefinido, por exemplo. No caso, em nossa frase, temos o vocábulo “uma”). Portanto,
a resposta que satisfaz o que foi comentado aqui é a letra B.
QUESTÃO 2
RESPOSTA:
LETRA D.
A - O verbo
anuir é transitivo indireto e exige a preposição “a”. “Proposta” é substantivo feminino,
portanto deve ter o substantivo feminino “a”. A junção dos dois
elementos provoca o acento grave. ( Se trocarmos o substantivo feminino por um
masculino – projeto, por exemplo -, comprovaremos esta afirmação. “Anuiu
ao projeto...”. Portanto, devemos colocar o “à” antes de proposta.
B – O verbo
“preferir” é transitivo direto e indireto.
“Prefiro isso a aquilo”. Mas
observe: Prefiro maça a manga// Prefiro a maça à manga. No primeiro exemplo, o
substantivo feminino maça não possui artigo feminino. Para mantermos o
paralelismo da frase, o termo “manga” também não possuirá artigo feminino,
havendo apenas a preposição. Já no segundo exemplo, como o termo “maça” possui
artigo feminino, o segundo também possuirá, havendo, portanto, a crase. Na
frase da questão, entretanto, não há que se analisar o verbo “preferir” por esse
viés. O que vem posterior ao verbo “preferir” é o infinitivo ( do verbo
conservar). O mesmo acontece no segundo
caso, onde encontramos outro verbo no infinitivo ( entregar). Ora, antes de
verbo não se usa o acento grave e, portanto, não há crase.
C – O verbo “entregar”
é transitivo direto e indireto. Por essa razão, temo o objeto direto
representado pelo pronome oblíquo “-lo”, e o indireto, que exige a preposição “a”
unida ao pronome demonstrativo “aqueles”, formando “àqueles”.
D – O verbo “postular”
é transitivo direto, por isso o objeto direto será representado pelo pronome
oblíquo “o”. Para usarmos o “lhe”, seria necessário haver um
objeto indireto.
QUESTÃO 3 –
LETRA C
A – De há
muito. O uso do verbo haver justifica-se porque a frase indica tempo decorrido.
B – Há coisas
mais simples na vida... Usamos o verbo haver quando este for sinônimo de
existir, acontecer ou ocorrer. Há coisas
= existem coisas.
C – Certos postos
de relevo a que tantos ambicionam. Temos nesse fragmento um
pronome relativo “que”. Este pronome faz
referência a termo anterior ( certos postos de relevo). Poderíamos, inclusive,
desmembrar a segunda oração, que ficaria assim: Tantos ambicionam a
certos postos de relevo. Ora, não se usa crase diante de palavras masculinas,
tampouco antes de termos de sentido indefinidos ( certos ).
D – Por amor à
ostentação. Podemos trocar o substantivo feminino por: por amor ao
orgulho. Por isso, há crase. Como já mencionei o motivo do uso do acento grave,
não vejo necessidade de comentar novamente.
QUESTÃO 4 –
LETRA B
A – Mario chegou
a casa. Diante do substantivo “casa”, sinônimo de lar, não se usa
crase.
B – Pediu à
mãe. Observe: Pediu ao pai. Leia os comentários anteriores já
feitos sobre esse uso.
C – Começou a
procurá-la. Antes de verbo, não se usa crase.
D – Devia tê-la
dado a alguém. Antes de palavra com sentido indefinido, não se usa
crase.
E – Mas a
quem? Antes de “quem”, não se usa crase.
F – Talvez à
tia Anastácia. Compare: Talvez ao tio Fernando. Leia os
comentários anteriores sobre esse uso.
G – às cinco
horas. Expressão indicando tempo;
H – se dirigia
a Paris. Compare: voltava de
Paris. Só há preposição, sem artigo, portanto sem crase.
QUESTÃO 5 –
LETRA D.
Analisemos uma
por uma:
A – caminha a
passo firme. Não se usa acento grave antes de substantivo masculino;
B – disposto a
falar ao juiz. Não se usa acento grave antes de verbo;
C –
precisamente às dez horas. Deve haver crase em expressões indicadoras de
tempo;
D – Opção correta.
Antes do relativo “qual” usamos o acento
grave. Vale lembrar que o termo “casa”, neste caso, não é sinônimo de lar. Às pressas, expressão adverbial que
necessita de acento grave.
E – Ora àquilo.
É preciso colocar acento grave antes do demonstrativo “aquilo”, pois o
verbo aspirar exige a crase, devido à preposição “a”.
QUESTÃO 6 –
LETRA C
A – Não se usa
crase diante de palavras repetidas: frente a frente.
B – “a
se olharem” Não se usa crase diante de verbo.
C – “Uma à
outra”. Essa expressão exige o uso do acento grave. Seria uma espécie de exceção,
pois o termo “outra” tem o sentido de algo indefinido.
Um forte abraço e até o próximo comentário.
Professor Rogério Brambila.
Comentários
Postar um comentário